segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Video aulas historia do Brasil

Site bacana com vídeos de historia do Brasil.

http://historiaonline.com.br/professores/prof-fernando/videos/

domingo, 16 de outubro de 2011

Período pré colonial e colonial

Os processos de colonização de povoamento e exploração foram caracterizados por ações diferentes. No primeiro caso, ocorrido no norte dos EUA, houve o Desinteresse da metrópole pela colônia, devido a condições naturais, gerando uma economia de subsistência e trocas entre puritanos fugidos da Europa, que com o tempo prosperou, e trouxe o desenvolvimento, fato nao ocorrido no Sul, onde a monocultura de algodão se caracterizou pela exploração. No segundo tipo, caso do Brasil e das colônias espanholas, houve a formação de monoculturas, uso de mão escrava negra, e a formação do pacto colonial, este que prejudicava o desenvolvimento da colônia e enriquecia a metrópole.
O Brasil, em sua formação, foi um dos pilares que sustentou o império português e seu capitalismo. No Brasil, o tipo de colonização nao pode ser igualada a da Espanha e outros países, uma vez que a única "riqueza" existente era a terra, pois os índios nao tinham uma agropecuária desenvolvida. Com a organização dos índios na Espanha, houve uma necessidade de submetimento das classes sociais e houve o fator de imensa importância, que foi a rápida descoberta de minérios, ambos fatos que nao ocorreram no Brasil. Portanto, desde o começo, a economia brasileira viu-se em dependência externa.

As primeiras três décadas da dominação portuguesa no Brasil foram caracterizadas pela extração, o que nao fixava o homem a terra. Não houve interesse inicial na ocupação do Brasil porque nao havia metais preciosos evidentes. Com o passar do tempo, começaram incursões estrangeiras na costa brasileira, o que deixava a posse portuguesa da colônia vulnerável. A coroa portuguesa percebeu que o único jeito de assegurar a terra era a ocupando. Tentou-se algumas expedições de policiamento, em 1516 e 1526, mas ainda nao era o suficiente. Foi necessário ocupar a terra para nao perde-la. Foi plantada a cana de açúcar, muito valorizado na europa e já conhecido dos portugueses, que fixava as pessoas à terra, para que desrespeitos ao tratado de tordesilhas fossem coibidos. Com a cultura da cana, relações foram criadas entre Portugal e Holanda, que fornecia o capital, transportava o produto e o refinava. Esses fatores, juntamente à outros, fomentaram a força portuguesa através do açúcar. O uso de escravos negros, já difundido entre portugueses, relacionado à infidelidade religiosa daqueles, foi difundida por dois motivos: em primeiro lugar, o trafico negreiro era extremamente lucrativo, e em segundo, os índios estavam desaparecendo das regiões próximas aos engenhos.
Alem disso, houve a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, para que a responsabilidade de colonização brasileira fosse tirada da coroa. As capitanias foram divididas em sesmarias , que eram grandes Latifúndios,  para que o Brasil fosse ocupado. Porém, esse projeto só deu certo em duas das 15 capitanias (sao Vicente e Pernambuco).  Portanto, Foi adotado o sistema de governos gerais, sendo o primeiro governador Tomé de Souza, a quem cabia auxiliar e incentivar o desenvolvimento do território, ou seja, das capitanias, dos mais diversos modos. Haviam três auxiliares: o capitão mor (defesa), ouvidor mor (justiça) e provedor mor (finanças). O segundo governo geral foi o de Duarte da costa, que trouxe novas pessoas para habitar no Brasil e passou por muito conflitos. O terceiro e ultimo importante foi Mem de Sá. Foi dele que surgiram as missões jesuíticas e a expulsão dos franceses do Brasil. Sendo o território brasileiro muito grande, o poder dos governadores gerais nao atendiam a necessidade, sendo instauradas câmaras municipais e junto delas a corrupção.

Nesse período em Portugal, houve a morte de D. Sebastião e de seu tio, sendo o trono de Portugal deixado vazio, possuindo-o Felipe II da Espanha. O período de dominação espanhola sobre portugal foi chamado de união ibérica. Essa dominação trouxe complicações à Holanda, uma vez que Espanha e Holanda estavam em guerra, e por essa razão a Espanha proibiu o comércio de produtos entre Holanda e Portugal, juntamente com suas colônias. Portanto, esse fato levou às invasões holandesas ao nordeste.


Foi denominado sistema colonial o modo de colonização portuguesa no Brasil.  Possuía três características principais: era afirmada pelo pacto colonial, ou seja, a colônia produzia mercadorias ou a matéria prima, e a metrópole as vendia ou manufaturava, sendo a colônia monopólio da metrópole;  a monocultura de cana e a monopolização comercial, que criava um eixo entre colônia, metrópole e a Europa. Funcionava com a colônia vendendo a matéria prima, ou algum produto pronto a preço extremamente baixo, os burgueses vendendo na Europa a preço de mercado, comprando produtos europeus a preço de mercado, e vendendo à colônia a preços exorbitantes.

O engenho era o lugar onde o açúcar era produzido. Localizados nas melhores terras das sesmarias, se caracterizavam pela monocultura, escravismo, latifúndios e destinação a exportação. Nao existiam camponeses, nem pequenas propriedades, o que nao permitia a consolidação de um comércio interno, existindo apenas pequenas lavouras de recursos necessários a subsistência do engenho. O senhor de engenho era importante e respeitado, ocupando o máximo cargo do engenho. Era constituído pela casa-grande, lugar destinado ao senhor de engenho e sua família, a senzala (escravos), a casa de alguns funcionários e a capela. Haviam muitas florestas e plantações de cana. A fábrica do açúcar possuía a moenda, a caldeira e a casa de purgar, lugares onde o açúcar era moído, fervido e seco a ponto de açúcar. Os engenhos reais usavam energia hidráulica, enquanto os engenhos trapiches usavam força animal, sendo os primeiros mais produtivos.

A sociedade desta época era formada pelos senhores de engenho no topo, que possuíam as terras, e formavam a aristocracia, que dominava nao só em sua casa, como na cidade em geral. Estas características determinavam a sociedade como  patriarcal e aristocrática. Haviam também os senhores obrigados, que nao possuíam terra, e eram obrigados a moer cana no engenho de outros senhores, e pagar uma taxa por isso. O papel da mulher era o de organizadora do lar e viviam em reclusão. A segunda camada era formada pelos que exerciam funções complementares no engenho, como os padres, militares, comerciantes, capatazes, etc. Na terceira camada estavam os escravos, que nao possuíam direitos, e eram as "mãos e pés dos senhores". A sociedade era estratificada, ou seja, não existia mobilidade social.

Com a necessidade de mão de obra, primeiramente os índios foram usados porém tendo o impedimento por parte dos jesuítas, que desejavam catequiza-los. Mesmo com boas intenções, estes jesuítas fizeram com que os índios perdessem sua cultura, pois colocavam-nos em aldeamentos (missões), catequizando-os, ou seja, aculturando-os. Somado a isso, as doenças do homem branco passaram para os índios, que sem anticorpos, foram morrendo. Somando esses fatores a inadequação do trabalho indígena, ao lucro do trafico negreiro e ao ASIENTO, decreto do rei onde a exploração do trafico negreiro era permitida, com o pagamento de taxas à coroa, foi imposta a escravidão negra. Muitos negros, feitos escravos, se rebelavam, tentando o homicídio contra seus senhores, o suicídio ou a fuga. Neste ultimo, eram perseguidos por capitães-do-mato, e os escravos que escapavam formavam quilombos. O mais significativo foi o quilombo dos Palmares, que se localizava na serra da barriga, no Alagoas. Chegou a comercializar excendentes. Em 1694 foi destruído e em 1695, Zumbi, seu líder, foi morto.

O território brasileiro sofreu inúmeras invasões no período colonial. entre elas estão: a dos franceses, dos ingleses e holandeses. A França invadiu o Brasil pela primeira vez no Rio de Janeiro, criando a França Antártica, mas foram expulsos rapidamente. Mais tarde, no século seguinte, a França Equinocial foi criada no Maranhão, sendo novamente rapidamente desbaratada. 
A Inglaterra nao chegou a fixar-se na terra, mas fez inúmeras incursões piratas ao território brasileiro. Já a Holanda fez o que pode se chamar de a principal invasão ao brasil. Com sua independência do império Habsburg, foi decretada o rompimento dos laços entre holandeses e portugueses, juntamente com suas colônias. Como o comércio de açucar era extremamente lucrativo a Holanda, esta nao aceitou a condição, criando a companhia das Índias orientais, onde Conquistou varias colônias espanholas, e companhia das Índias ocidentais, onde tomou posse de boa parte do trafico negreiro e invadiu o nordeste brasileiro. A primeira invasão ocorreu no Bahia, sendo, porém, rapidamente desbaratada. Com ressentimento, a Holanda ataca um navio cheio de prata da Espanha, e junta dinheiro e esforços para atacar novamente o Brasil. Agora em Pernambuco, a capital do açúcar. Com 7 anos de guerra, a Holanda vence e se instala no território, sendo seu dominante Maurício de Nassau. Este traz a liberdade religiosa e muitas melhorias nas áreas culturais, educacionais, de saneamento básico, entre outras. Porém, a partir de um certo período, a relação entre senhores de engenho e holandeses começou a se deteriorar. Os holandeses começaram a exigir o pagamento dos empréstimos feitos e a maioria dos senhores de engenho nao tinha condição de pagar, devido a secas, queimadas e pouca produção de seus engenhos. Com a derrota holandesa na guerra contra Inglaterra, houve o enfraquecimento holandês, que juntamente com a revolta do povo da colônia trouxe a insurreição pernambucana, que depois de muita luta acabou expulsando os holandeses do Brasil. Os flamengos foram continuar a construção de engenhos nas Antilhas, ação que prejudicou muito a comercialização do açúcar do Brasil, diminuindo os lucros de Portugal. Nesse contexto entra o tratado de Methuen com a Inglaterra. Com medo de um ataque, pois nao tinha aliadas, Portugal pede ajuda inglesa, que consolida o tratado de methuen, onde Portugal exporta vinhos à Inglaterra e importa tecidos dela. Essa ação trouxe certo domínio inglês sobre Portugal e suas colônias, e levou Portugal a uma situação financeira lastimosa.

Com a dominação espanhola sobre Portugal no período da união ibérica, o tratado de tordesilhas nao se fazia mais efetivo, sendo parcialmente ignorado no Brasil. Nesse contexto, houve o avanço da linha por inúmeros motivos. O principal foi as expedições das bandeiras. Essas surgiram da capitania de sao Vicente. Isso ocorreu porque esta capitania era muito pobre, sendo isolada do comercio com Portugal e com outras regiões mais ricas do Brasil. Por isso, os bandeirantes buscavam índios para fazerem de escravos. Com o desaparecimento desses escravos em lugares próximos, os bandeirantes foram cada vez mais longe para busca-los, alargando assim as fronteiras. A escravidão indígena veio também por outro fator: a escassez de escravos africanos. Isso ocorreu pois o trafico negreiro tinha sido quase totalmente dominado pela Holanda. Com isso, para uma caça em grande escala, os bandeirantes foram principalmente ao Sul do Brasil, onde haviam aldeamentos jesuítas, que eram interessantes pelo fato de possuírem índios já aculturados e sedentários, acostumados com o trabalho agrícola. Com essa invasão, os jesuítas fugiram do Sul do Brasil abrindo espaço para que os portugueses ocupassem a área. Com a normalização do trafico negreiro e com a escassez do escravo indígena, o ciclo dos bandeirantes mudou para o ouro. Bandeirantes iam em missões de procura, sendo assolados por diversos males. Foi achado ouro em minas gerais, mato grosso e goias. Um terceiro tipo de expedição bandeirante era a de contratação, que visava destruir quilombos e tribos indígenas revoltosas.

Período pré colonial e colonial

Os processos de colonização de povoamento e exploração foram caracterizados por ações diferentes. No primeiro caso, ocorrido no norte dos EUA, houve o Desinteresse da metrópole pela colônia, devido a condições naturais, gerando uma economia de subsistência e trocas entre puritanos fugidos da Europa, que com o tempo prosperou, e trouxe o desenvolvimento, fato nao ocorrido no Sul, onde a monocultura de algodão se caracterizou pela exploração. No segundo tipo, caso do Brasil e das colônias espanholas, houve a formação de monoculturas, uso de mão escrava negra, e a formação do pacto colonial, este que prejudicava o desenvolvimento da colônia e enriquecia a metrópole.
O Brasil, em sua formação, foi um dos pilares que sustentou o império português e seu capitalismo. No Brasil, o tipo de colonização nao pode ser igualada a da Espanha e outros países, uma vez que a única "riqueza" existente era a terra, pois os índios nao tinham uma agropecuária desenvolvida. Com a organização dos índios na Espanha, houve uma necessidade de submetimento das classes sociais e houve o fator de imensa importância, que foi a rápida descoberta de minérios, ambos fatos que nao ocorreram no Brasil. Portanto, desde o começo, a economia brasileira viu-se em dependência externa.

As primeiras três décadas da dominação portuguesa no Brasil foram caracterizadas pela extração, o que nao fixava o homem a terra. Não houve interesse inicial na ocupação do Brasil porque nao havia metais preciosos evidentes. Com o passar do tempo, começaram incursões estrangeiras na costa brasileira, o que deixava a posse portuguesa da colônia vulnerável. A coroa portuguesa percebeu que o único jeito de assegurar a terra era a ocupando. Tentou-se algumas expedições de policiamento, em 1516 e 1526, mas ainda nao era o suficiente. Foi necessário ocupar a terra para nao perde-la. Foi plantada a cana de açúcar, muito valorizado na europa e já conhecido dos portugueses, que fixava as pessoas à terra, para que desrespeitos ao tratado de tordesilhas fossem coibidos. Com a cultura da cana, relações foram criadas entre Portugal e Holanda, que fornecia o capital, transportava o produto e o refinava. Esses fatores, juntamente à outros, fomentaram a força portuguesa através do açúcar. O uso de escravos negros, já difundido entre portugueses, relacionado à infidelidade religiosa daqueles, foi difundida por dois motivos: em primeiro lugar, o trafico negreiro era extremamente lucrativo, e em segundo, os índios estavam desaparecendo das regiões próximas aos engenhos.
 Alem disso, houve a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, para que a responsabilidade de colonização brasileira fosse tirada da coroa. As capitanias foram divididas em sesmarias , que eram grandes Latifúndios,  para que o Brasil fosse ocupado. Porém, esse projeto só deu certo em duas das 15 capitanias (sao Vicente e Pernambuco).  Portanto, Foi adotado o sistema de governos gerais, sendo o primeiro governador Tomé de Souza, a quem cabia auxiliar e incentivar o desenvolvimento do território, ou seja, das capitanias, dos mais diversos modos. Haviam três auxiliares: o capitão mor (defesa), ouvidor mor (justiça) e provedor mor (finanças). O segundo governo geral foi o de Duarte da costa, que trouxe novas pessoas para habitar no Brasil e passou por muito conflitos. O terceiro e ultimo importante foi Mem de Sá. Foi dele que surgiram as missões jesuíticas e a expulsão dos franceses do Brasil. Sendo o território brasileiro muito grande, o poder dos governadores gerais nao atendiam a necessidade, sendo instauradas câmaras municipais e junto delas a corrupção.

Nesse período em Portugal, houve a morte de D. Sebastião e de seu tio, sendo o trono de Portugal deixado vazio, possuindo-o Felipe II da Espanha. O período de dominação espanhola sobre portugal foi chamado de união ibérica. Essa dominação trouxe complicações à Holanda, uma vez que Espanha e Holanda estavam em guerra, e por essa razão a Espanha proibiu o comércio de produtos entre Holanda e Portugal, juntamente com suas colônias. Portanto, esse fato levou às invasões holandesas ao nordeste.


Foi denominado sistema colonial o modo de colonização portuguesa no Brasil.  Possuía três características principais: era afirmada pelo pacto colonial, ou seja, a colônia produzia mercadorias ou a matéria prima, e a metrópole as vendia ou manufaturava, sendo a colônia monopólio da metrópole;  a monocultura de cana e a monopolização comercial, que criava um eixo entre colônia, metrópole e a Europa. Funcionava com a colônia vendendo a matéria prima, ou algum produto pronto a preço extremamente baixo, os burgueses vendendo na Europa a preço de mercado, comprando produtos europeus a preço de mercado, e vendendo à colônia a preços exorbitantes.

O engenho era o lugar onde o açúcar era produzido. Localizados nas melhores terras das sesmarias, se caracterizavam pela monocultura, escravismo, latifúndios e destinação a exportação. Nao existiam camponeses, nem pequenas propriedades, o que nao permitia a consolidação de um comércio interno, existindo apenas pequenas lavouras de recursos necessários a subsistência do engenho. O senhor de engenho era importante e respeitado, ocupando o máximo cargo do engenho. Era constituído pela casa-grande, lugar destinado ao senhor de engenho e sua família, a senzala (escravos), a casa de alguns funcionários e a capela. Haviam muitas florestas e plantações de cana. A fábrica do açúcar possuía a moenda, a caldeira e a casa de purgar, lugares onde o açúcar era moído, fervido e seco a ponto de açúcar. Os engenhos reais usavam energia hidráulica, enquanto os engenhos trapiches usavam força animal, sendo os primeiros mais produtivos.

A sociedade desta época era formada pelos senhores de engenho no topo, que possuíam as terras, e formavam a aristocracia, que dominava nao só em sua casa, como na cidade em geral. Estas características determinavam a sociedade como  patriarcal e aristocrática. Haviam também os senhores obrigados, que nao possuíam terra, e eram obrigados a moer cana no engenho de outros senhores, e pagar uma taxa por isso. O papel da mulher era o de organizadora do lar e viviam em reclusão. A segunda camada era formada pelos que exerciam funções complementares no engenho, como os padres, militares, comerciantes, capatazes, etc. Na terceira camada estavam os escravos, que nao possuíam direitos, e eram as "mãos e pés dos senhores". A sociedade era estratificada, ou seja, não existia mobilidade social.

Com a necessidade de mão de obra, primeiramente os índios foram usados porém tendo o impedimento por parte dos jesuítas, que desejavam catequiza-los. Mesmo com boas intenções, estes jesuítas fizeram com que os índios perdessem sua cultura, pois colocavam-nos em aldeamentos (missões), catequizando-os, ou seja, aculturando-os. Somado a isso, as doenças do homem branco passaram para os índios, que sem anticorpos, foram morrendo. Somando esses fatores a inadequação do trabalho indígena, ao lucro do trafico negreiro e ao ASIENTO, decreto do rei onde a exploração do trafico negreiro era permitida, com o pagamento de taxas à coroa, foi imposta a escravidão negra. Muitos negros, feitos escravos, se rebelavam, tentando o homicídio contra seus senhores, o suicídio ou a fuga. Neste ultimo, eram perseguidos por capitães-do-mato, e os escravos que escapavam formavam quilombos. O mais significativo foi o quilombo dos Palmares, que se localizava na serra da barriga, no Alagoas. Chegou a comercializar excendentes. Em 1694 foi destruído e em 1695, Zumbi, seu líder, foi morto.

O território brasileiro sofreu inúmeras invasões no período colonial. entre elas estão: a dos franceses, dos ingleses e holandeses. A França invadiu o Brasil pela primeira vez no Rio de Janeiro, criando a França Antártica, mas foram expulsos rapidamente. Mais tarde, no século seguinte, a França Equinocial foi criada no Maranhão, sendo novamente rapidamente desbaratada. 
A Inglaterra nao chegou a fixar-se na terra, mas fez inúmeras incursões piratas ao território brasileiro. Já a Holanda fez o que pode se chamar de a principal invasão ao brasil. Com sua independência do império Habsburg, foi decretada o rompimento dos laços entre holandeses e portugueses, juntamente com suas colônias. Como o comércio de açucar era extremamente lucrativo a Holanda, esta nao aceitou a condição, criando a companhia das Índias orientais, onde Conquistou varias colônias espanholas, e companhia das Índias ocidentais, onde tomou posse de boa parte do trafico negreiro e invadiu o nordeste brasileiro. A primeira invasão ocorreu no Bahia, sendo, porém, rapidamente desbaratada. Com ressentimento, a Holanda ataca um navio cheio de prata da Espanha, e junta dinheiro e esforços para atacar novamente o Brasil. Agora em Pernambuco, a capital do açúcar. Com 7 anos de guerra, a Holanda vence e se instala no território, sendo seu dominante Maurício de Nassau. Este traz a liberdade religiosa e muitas melhorias nas áreas culturais, educacionais, de saneamento básico, entre outras. Porém, a partir de um certo período, a relação entre senhores de engenho e holandeses começou a se deteriorar. Os holandeses começaram a exigir o pagamento dos empréstimos feitos e a maioria dos senhores de engenho nao tinha condição de pagar, devido a secas, queimadas e pouca produção de seus engenhos. Com a derrota holandesa na guerra contra Inglaterra, houve o enfraquecimento holandês, que juntamente com a revolta do povo da colônia trouxe a insurreição pernambucana, que depois de muita luta acabou expulsando os holandeses do Brasil. Os flamengos foram continuar a construção de engenhos nas Antilhas, ação que prejudicou muito a comercialização do açúcar do Brasil, diminuindo os lucros de Portugal. Nesse contexto entra o tratado de Methuen com a Inglaterra. Com medo de um ataque, pois nao tinha aliadas, Portugal pede ajuda inglesa, que consolida o tratado de methuen, onde Portugal exporta vinhos à Inglaterra e importa tecidos dela. Essa ação trouxe certo domínio inglês sobre Portugal e suas colônias, e levou Portugal a uma situação financeira lastimosa.

Com a dominação espanhola sobre Portugal no período da união ibérica, o tratado de tordesilhas nao se fazia mais efetivo, sendo parcialmente ignorado no Brasil. Nesse contexto, houve o avanço da linha por inúmeros motivos. O principal foi as expedições das bandeiras. Essas surgiram da capitania de sao Vicente. Isso ocorreu porque esta capitania era muito pobre, sendo isolada do comercio com Portugal e com outras regiões mais ricas do Brasil. Por isso, os bandeirantes buscavam índios para fazerem de escravos. Com o desaparecimento desses escravos em lugares próximos, os bandeirantes foram cada vez mais longe para busca-los, alargando assim as fronteiras. A escravidão indígena veio também por outro fator: a escassez de escravos africanos. Isso ocorreu pois o trafico negreiro tinha sido quase totalmente dominado pela Holanda. Com isso, para uma caça em grande escala, os bandeirantes foram principalmente ao Sul do Brasil, onde haviam aldeamentos jesuítas, que eram interessantes pelo fato de possuírem índios já aculturados e sedentários, acostumados com o trabalho agrícola. Com essa invasão, os jesuítas fugiram do Sul do Brasil abrindo espaço para que os portugueses ocupassem a área. Com a normalização do trafico negreiro e com a escassez do escravo indígena, o ciclo dos bandeirantes mudou para o ouro. Bandeirantes iam em missões de procura, sendo assolados por diversos males. Foi achado ouro em minas gerais, mato grosso e goias. Um terceiro tipo de expedição bandeirante era a de contratação, que visava destruir quilombos e tribos indígenas revoltosas.