domingo, 26 de agosto de 2012

Primeira guerra mundial

O principal motivo que ocasionou a guerra foi a choque entre imperialismos, de raiz basicamente economica, mas tambem militar e politica. Inglaterra e Alemanha figuraram como principais protagonistas desse conflito. A industrializacao alemã e sua conquista naval e militar assustavam a Inglaterra, que queria desbancar a concorrencia. Franca e Alemanha tambem já tinham uma disputa antiga, datando da guerra franco prussiana. O revanchismo frances pedia uma guerra como "vingança". Russia e Alemanha tambem alimentariam rixas em relacao ao choque do pan-eslavismo (uniao dos povos eslavos, sob protecao russa) e o pan-germanismo. A Sérvia acabaria originando o estopim da guerra, com seu sonho de unir os povos eslavos, reivindicando territórios do império austro húngaro.

É importante notar que, com o fim da guerra franco prussiana, a Europa estava mudada e uma nova guerra era iminente. A Alemanha buscou apoio no império austro húngaro e na italia, enquanto que acordos diplomáticos foram acertados entre franca, Inglaterra e russia. Esses dois grupos formaram as tríplices alianca e entente, respectivamente. Essa nao foi uma uniao de amigos, mas uma reuniao baseada em inimigos em comum.

Duas questoes ficaram destacadas no âmbito do pré-guerra. A primeira foi a do Marrocos, que reuniu a briga entre Alemanha, Inglaterra e franca (esses dois últimos fizeram um pacto secreto) pela dominação do território. O clima ficou pesado e a guerra parecia cada vez mais próxima. Uma outra questao foi a balcânica. A servia se fortalecia e guerreou com os otomanos e com os búlgaros, vencendo ambas as batalhas e anexando territórios. Porem, a austria diminuia a atuação servia e os inflamava de ódio. Em junho de 1914, o futuro imperador austríaco foi morto por um membro da mão negra Sérvia. Austria declarou guerra ao pais, mas a russia se aliou a ele e a politica de alianças começou a fazer efeito. A guerra havia começado.

A tática alemã inicial era o plano schlieffen, que pretendia atacar primeiramente a franca e depois a russia. A guerra do movimento foi a inicial, sendo sucedida pela guerra das trincheiras. A Alemanha começou com vitorias em terra e a neutralidade pairava sobre o mar. A italia trai a tríplice alianca e se reúne com o outro lado (por territórios prometidos). A russia sai da guerra (tratado de brest- litovsk) e os EUA entram, acabando com ela, pois temiam que seus credores não os pagassem e que a Alemanha, nacao sem a simpatia americana, dominasse a europa.

Em 1917 viriam propostas de paz sem vencedores, sendo a primeira a de wilson e seus 14 pontos. Enquanto isso, os paises iam saindo da guerra e uma revolta era deflagrada na Alemanha, acabando assim a guerra. Em 1919, na conferencia de Paris, o tratado de Versalhes, extremamente rígido, foi assinado pelas nacoes vencedoras. Foi criada a liga das nacoes (excluindo uniao soviética e Alemanha) pela paz mundial. No tratado de saint german, a Alemanha perdeu mais da metade de sua populacao e território e teve que diminuir seu exercito drasticamente.

As consequencias da guerras foram principalmente a ascencao dos EUA na politica e economia mundial e a destruição da Europa. A economia foi mudada tambem, com a adoção do Estado intervencionista. Na russia, o czar foi derrubado e a revolcuao russa iniciou-se e na Alemanha e italia, foram criadas situacoes para os regimes nazi-fascistas agirem.

Neocolonialismo

No periodo das grandes navegacoes, imperava a dominação de grandes areas da america (principalmente), utilizando-se do mercantilismo como teoria economica. Visavam catequizar o povo e obter uma complementação de sua economia. Tudo começaria a mudar com a primeira revolucao industrial, quando as potencias procuravam matéria prima, mercados consumidores e terras para escoar pessoas. Inglaterra, primeiramente, buscaria romper com o mercantilismo, abrindo os mercados para a dinamica do liberalismo economico. Com as crises cíclicas de 1830, a necessidade de achar mercado aumentava constantemente, e com os constantes levantes operariados, era necessario melhorar a economia e a qualidade de vida pelo menos minimamente. É interessante notar que pouco depois de findos os colonialismos português e espanhol, inicia-se os colonialismo de outras nacoes europeias. As características eram diferentes do primeiro apresentado. A acao se focou na africa e asia, além de ter como objetivo o enriquecimento da burguesia, que poderia ter mercado consumidor e local de excedente de capital.

Imperialismo na Ásia.
Um primeiro pais de destaque na asia foi a Índia. Tudo comeca com a dominação inglesa quando Índia era apenas um protetorado. A companhia das Índias orientais é criada e o descontentamento da populacao começa a aumentar. A revolta dos sipaios viria para tentar deter o dominio ingles, sendo sufocada. Anos depois, a rainha vitoria seria coroada imperatriz da Índia.
Outra nacao de importancia foi a China. O poder era mais centralizado que na Índia e a abertura a produtos externos era praticamente nula. A China vendia chá aos ingleses e esses descobriram que o ópio era um produto de aceitação da população. O governo chinês impediu a comercialização desse produto no pais por seus efeitos devastadores sobre a populacao. Chineses queimam um carregamento de ópio e a Inglaterra declara guerra a china (guerra do ópio). Derrotada, a China é obrigada a aceitar o tratado de Nanquim (Honk Kong, abertura de portos e livre comercio com ingleses). Mais tarde, a revolta de típico se deflagraria, mostrando que a insatisfação com a dominação continuava. Foi sufocada e o território chinês acabou sendo dividido entre varias nacoes. A guerra dos boxers viria mais tarde, se espalhando por zonas costeiras, sendo novamente derrubada, e terminado com a China tendo que fazer novas concessões economicas
O japao teve um desenvolvimento diferente. Sendo praticamente feudal até o século XIX, iniciou uma breve industrializacao na Era Meiji e um imperialismo com as nacoes asiáticas às voltas (China, Coreia e Taiwan).

Na questao da partilha da africa, o episódio mais importante foi a conferencia de Berlim, que definiu quais territórios africanos iriam para quais paises europeus. iNglaterra ficou com Egito e Sudão, Fanca com Marrocos e Argélia e a belgica com o Congo.

Toda essa dominação causaria choques entre os distintos impérios, que dominavam basicamente todo o mundo. A guerra deixou de se tornar inevitável e se tornou necessaria.

Segundo reinado

Logo à entrada de D.Pedro II no poder, é constituído o ministério dos irmãos, formado pelos Andrada e outros, de caráter mais liberal que conservador, fato que não acontecia na câmara. D.Pedro II a dissolve, convocando novas eleições parlamentares, conhecidas como "eleições do cacete", pelo seu caráter inescrupuloso e, muitas vezes, violento, para que a maioria liberal fosse garantida. Depois desse episódio, nota-se a dificuldade dos liberais governarem, uma vez que fissuras foram criadas na câmara, ministério, além da descoberta dos métodos inescrupulosos e da guerra das farroupilhas. Com isso, a tendência regressista conseravdora centralizadora acabou sendo a frente seguida, com a definição da guarda nacional para assuntos internos, com controle do imperador, e também com a cessão de poder judiciário aos chefes de policia. A reação liberal não tardaria e, logo um ano mais tarde, deflagraria com a revolução em minas gerais e são Paulo, liberada por Diogo Feijó, que desejava a volta do modelo imposto pelo ato adicional de 1834.

Abrindo um parêntese, é bom analisar as características dos partidos brasileiros neste período. É possível afirmar que ambos eram formados pela elite brasileira, que encontravam na monarquia uma defensora de seus interesses. As ideiais não eram opostas, mas sim convergentes normalmente a um mesmo objetivo: a obtenção de privilégios e a manutenção da ordem imposta (grande propriedade de terra e escravidao). Liberais acabariam se conformando com a centralização brasileira, mesmo que desejassem o contrario. Mesmo sendo extremamente parecidos, estes partidos tinham divisões internas regionais no BRASIL. As elites nordestinas defendiam o conservadorismo, e são Paulo optava pelo partido liberal. Com o passar do tempo, este ultimo tenderia às ideias republicanas. Outro fator unificador dos diferentes partidos era seu caráter homogêneo na comparação com quem os compunha. Em ambos os casos, a minoria branca, alfabetizada e formada em universidades eram quem compunham estes grupos.

Fechando o parêntese, é possível dizer que durante um bom período do segundo reinado houve o conhecido “parlamentarismo as avessas”. Para explica-lo, é necessário falar sobre suas origens. A constituição de 1824 foi mantida, mas criaram-se alguns mecanismos novos. Passava a existir um presidente do conselho. Mas este não era decretado pela câmara, mas pelo imperador. Se houvesse algum conflito entre gabinete e câmara, D Pedro tinha o poder de dissolver a ultima e convocar novas eleições. Portanto, o executivo determinava o poder legislativo, ordem contraria a normal dos regimes parlamentaristas (deve-se a isso o nome). Ambos partidos submeteram-se a esta artimanha e viveram um período de relativa tranquilidade, com a instituição da era da conciliação, quando o gabinete que foi montado incorporava tanto liberais como conservadores.

Uma revolucao ocorrida tambem neste periodo foi a praieira, que tinha carater liberal, nacionalista, engendrada com ideiais socialistas, e se estendeu por 2 anos. Seus lideres declararam o manifesto ao mundo, em que clamavam direitos como o do voto livre e universal, liberdade de impressa, entre outros. Os lideres foram mortos e a rebelião foi esmagada.

Carater econômico

O café foi a principal cultura do periodo do segundo reinado. Começou na regiao sudeste, com destaque ao vale do Paraíba. A plantacao ainda seguia a dinâmica do plantation, com todas suas caracteristicas. O mercado externo começou a usar o café em maior escala, ajudando no sucesso da empreitada cafeeira. Com o aumento da demanda, foram criados os complexos cafeeiros, que dispunham de diferentes tipos de atividades em seus domínios, além da melhora nos portos, e na criacao de estradas de ferro para transporte. Neste periodo surgiriam os barões do café, grandes fazendeiros que recebiam ajuda estatal.

Neste ínterim, a questao escravista ficava cada vez mais expressiva. A pressao inglesa pelo fim da escravidão, que se iniciara em 1810, continuava e medidas eram tomadas, tendo os ingleses tratado os traficantes de negros como piratas. Porém, em 1850, a lei Eusébio de Queirós decretou novamente o fim do trafico, agora com a lei sendo verdadeiramente implementada. Neste mesmo periodo, a lei de terras foi aprovada. Esta lei declarava que a terra era um produto passível de compra e venda, não valendo a simples ocupacao como o direito a posse. Isto garantia a terra nas maos da elite agraria. Com o fim do trafico negreiro, o dinheiro gasto com este mercado foi transferido para o de transportes, com grande desenvolvimento, visando sempre o transporte agrario. Mauá se destacaria neste periodo como um dos vetores do desenvolvimento industrial e economico brasileiro, mas a estrutura escravista e provinciana do Brasil nao permitiu sua integracao plena ao capitalismo. Isso mostra que a industrializacao não levaria o Brasil ao desenvolvimento equiparado às nacoes européia e EUA, por sua estrutura interna ainda muito retrocessa.

Neste periodo, o vale do Paraíba perdeu parte de sua importancia para o oeste paulista, principalmente pela escassez de terras e de mão de obra. Inicialmente, o trafico interproviciona supria mao de obra suficiente, mas posteriormente a imigração foi inevitável, já que o uso dos negros assalariados era descartada. Foi criada uma divisao entre os dois grupos cafeeiros: os "barões" do vale do Paraíba (conservadores) e os "burgueses" do oeste paulista (republicanos), que tiveram a primeira experiencia imigrante. Estes imigrantes eram europeus vindo de partes empobrecidas de seu continente. Os principais foram os italianos, que devido a unificacao de seu pais, tiveram dificuldades em conseguir sustento, e viam no Brasil uma nova chance.

Politica externa

A pacificação da politica interna e a manutenção do status quo permitiram que fosse possivel reservar maiores atenções às questoes externas, como por exemplo a diplomática com a Inglaterra e a territorial e politica com a regiao da prata.

A questao inglesa, conhecida como questao Christie, foi um conjunto de acontecimento resultantes de uma já dependência brasileira perante a Inglaterra, que acabou sendo desgastada. A origem desta questao remonta dos tratados de aliança e amizade realizados com a Inglaterra, que permitiam a entrada quase livre de produtos ingleses baratos e de boa qualidade. Porem, com o tempo, o Brasil ganharia certa "autonomia" em relacao aos ingleses com sua exportacoes de café e com a compra de industrializados de outros paises. Um outro fator que ocasionou o desgaste da relacao foi a abolicao da escravidao. A Inglaterra via nos escravos potenciais consumidores e, além disso, não conseguia competir com o açucar brasileiro (produziam nas Antilhas), já que utilizavam mão de obra assalariada. Para deixar a questao com um carater mais serio, o tratado de comercio não foi renovado e foi criada a tarifa Alves Branco (mais impostos para com os produtos ingleses e protecionismo alfandegário). Navios ingleses foram saqueados e militares ingleses arruaceiros foram presos, causando mais polemica à questao. As relacoes diplomáticas acabaram sendo cortadas, e só foram reatadas anos depois.

A questao da prata resultou de disputas territoriais, posicao hegemônica e controle de pontos estratégicos pelo Brasil. Neste ínterim, disputava-se o poder politico no Uruguai entre blancos (apoio Argentino, dominio de Oribe e Rosas, grandes proprietarios) e colorados (apoio Brasileiro, dominio de Rivera, comerciantes). Os blancos sobem ao poder, mas são derrubados por D Pedro II. Mais tarde, eclode novo conflito na area, no governo de Aguirre no Uruguai (blanco) e Solano lopez no Paraguai (ambos parceiros). Tropas imperiais castigam aos retaliadores uruguaios, que usaram de força contra os sulistas e atacam o Uruguai. Paraguai declara guerra ao Brasil em defesa.

A consequencia imediata seria a Guerra do Paraguai. Este pais desejava aumentar suas fronteiras e ter livre saída ao Atlântico. Inglaterra teme crescimento exacerbado paraguaio e apóia a guerra. Há a formacao da tríplice aliança, que vence a guerra (pequeno tamanho territorial paraguaio, pouca populacao, falta de uma marinha). Paraguai é arrasado, com grande parte de sua populacao dizimada. Para o Brasil, a guerra levou a uma maior dependencia em relação a Inglaterra pela compra de armas e pedidos de empréstimos. Além disso, trouxe tambem o fortalecimento do exercito nacional, que se instaurou de modo coeso. Para o Paraguai, a guerra destruiu sua recente industrializacao e levou o pais ao caos.





O fim do império

A queda da monarquia no Brasil ocorreu por inumeros motivos. Os principais foram: fim da escravidao, problemas religiosos e militares, alem do avanço republicano.

As posições diametralmente opostas a respeito do fim da escravidaumes concretizou como um dos motivos que influenciou fortemente o fim do império. Fazendeiros desejavam continuar com a mão de obra escrava, sem a intervencao governamental, Porem, as pressões inglesas eram fortes e com o aberdeen (navios negreiros eram apreendidos pela Inglaterra) forçavam praticamente o fim da escravidão. A lei Eusébio de Queiroz é instituída, mas não é efetivamente cumprida, havendo ainda muito tráfico de escravos. Segue-se a lei do ventre livre e a lei do sexagenário (essa acabava sendo boa ao senhor de escravos). O abolicionismo se confundia com o republicanismo, associando-se a escravidao ao atraso politico do governo. As condicoes ficavam mais sérias, até que a lei áurea seria proclamada, permitindo que o desfecho da historia ocorresse. Esse episodio mostra que o fim da escravidao estava diretamente ligado às instituicoes antigas do governo (monarquia), que acabou um ano depois.

A questao religiosa tambem influenciou em demasia no enfraquecimento do poder real. A politica do padroado, instituída no governo de D Pedro I, fazia do imperador o supremo comandante da igreja, como um "papa nacional". Isso mostra que o poder sacro e laico se unira neste periodo. Logo, o papa de Roma só deveria ser acatado quando o imperador brasileiro concordasse. Porem, em 1864, o papa ordenou que todos maçons fossem expulsos da igreja, para acabar com o poder interno que essa instituicao detinha na igreja. Dois bispos obedeceram, mesmo com a não concordância do imperador (que era maçon). Mesmo sendo algo pontual, teve conseqüências, pois levou os membros dos clero a tomar partido contra a monarquia.

A questao militar repercutiu pela força herdada do exercito na guerra do Paraguai e pela contrariedade a respeito de todas as mazelas geradas pela monarquia ao exercito e seus integrantes, vendo na republica uma nova forma de vida e no positivismo uma nova doutrina filosófica. Inumeras punições dos imperadores para integrantes do exercito acarretaram serias rupturas na relacao exercito/poder político.

A expansao do republicanismo começou na década de 1870, com a criacao do partido republicano paulista e o apoio dos cafeicultores paulistas (que detinham grande parte da riqueza nacional). Um dos motivos foi a ânsia pelo federalismo (maior autonomia estatal). Em pouco tempo todos os grupos sociais tomariam ou o partido neutro, ou a favor da republica.

No final de 1888, o visconde de ouro preto propõem um projeto de reformas politicas, inspiradas pelo republicanismo, que é negado. D Pedro II fecha o Legislativo, e, nesse ínterim, os republicanos induzem os militares contra a monarquia. Em novembro de 1889 a republica é decretada e um novo regime estava para ser criado.